domingo, 14 de dezembro de 2014
Billabong Pipe Masters - Day 3
Melhores momentos do terceiro dia
A competição rolou em condições extremas, com ondas de até 5 metros, muitas séries quebrando sobre a bancada de Banzai, tinha tudo pra ser um dia histórico e de ondas clássicas, mas o vento pegou pesado e acabou prejudicando bastante a formação, que piorou cada vez mais no decorrer do dia. Mesmo assim o mestre kelly Slater conseguiu dar um verdadeiro espetáculo para quem estava assistindo, com uma nota 7.43 e um 9.57, totalizando 17 pontos dos 20 possíveis.
Porém devido a má condição e até mesmo o risco muito alto para a integridade dos atletas, fez com que os organizadores paralisassem o evento antes da terceira fase.
No round 3 Alejo Muniz encara Kelly Slater, no caso de vitória do brasileiro, Kelly já está fora da disputa do mundial. Caso Medina ganhe sua bateria, o careca Kelly também ficara de fora da disputa.
Michel Bourez Billabong Pipe Masters 2014, Pipeline, Hawaii
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sábado, 13 de dezembro de 2014
Jaws bombando!!
Jaws, na tradicional ilha de Maui, bombou com o swell que atingiu o arquipélago essa semana!

A ondulação chegou com força total, com ondas de até 12 metros de altura. E lá estavam surfistas e bodyboarders para provar que atitude não falta para quem pratica esse esporte. Entre os atletas na água estavam Guilherme Tamega, que representou legal no Bodyboard, também presentes os big riders Carlos Burle, Danilo Couto e Rodrigo Bocão, que resumiu a onda em três palavras: "A onda da vida!!".
Mas quando o assunto é onda gigante, ainda mais em Jaws, é lógico que pra alguém a sessão não é só de alegria, e esse alguém foi Bocão, que caiu feio em uma bomba, que já está inscrita para concorrer no prêmio de 'Vaca do Ano' no XXL Awards, o Oscar das ondas grandes. Assista ao vídeo:
Bocão numa vaca sinistra:
Melhores momentos da session:
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Medina, maior orgulho do surf brasileiro!
Medina, maior promessa do surf MUNDIAL!!!
Ele que começou a surfar aos 9 anos. Aos 11, venceu seu primeiro campeonato a nível nacional, a etapa Rip Curl Grom Search na categoria Sub-12 agora se vê diante da chance de se tornar o primeiro brasileiro campeão mundial de surf.
Nessa ultima sexta(12) começou o Pipe Masters, ultima etapa do wct que define o campeão mundial desse ano, o clima é de expectativa e esperança para que Gabriel traga esse titulo para o Brasil, mas pra isso ele precisa derrotar simplesmente o mestre de Pipeline, o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater, não seria exagero nenhum dizer que ele conhece aquela bancada como a palma de sua mão. Além de ter que deixar pra traz Mick Fanning, tricampeão mundial, que possui um estilo de surf que é pra poucos, realmente um sopro de Deus.
Ontem Medina começou com o pé direito, ficou em primeiro na sua bateria. Já Slater foi para a repescagem, após ter liderado a bateria inteira e nos últimos segundos o australiano Adam Melling pegar uma bomba para backdoor e virar pra cima do monstro, levando ele para o segundo round, onde disputa a bateria com Reef Mcintosh. Mick Fanning mesmo sem ter pego grandes ondas, teve uma somatória suficiente para vencer a bateria, deixando Aritz, que com certeza pegou a onda do dia, uma bomba clássica, ir para a repescagem.
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(Medina entocado na sua primeira bateria do Pipe Masters) |
Hoje a disputa provavelmente continua, as previsões indicam condições mais do que épicas, com bombas de até 18 pés, vamos ficar na torcida pelos brasileiros, principalmente pelo Medina. E não deixar, claro, de botar aquele olho obeso mórbido pra cima do Slater e do Fanning!! Abraço, aloha.
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Ser haole ou não ser?
Ser ou não ser haole?
Você deve estar achando que estou zuando com a tua cara, mas ser haole não deve ser levado como uma ofensa.
No texto a seguir veja o assunto sendo abordado com outra visão e entenda o porque ser haole ou não e descubra se você é um. Garanto que isso agregará muito mais a sua vida do que uma imagem de uma onda perfeita.
Eu sou Haole! Fred d’ Orey.
Os antigos havaianos se preparavam pras cerimônias religiosas com rituais de profunda respiração. Mas como os colonizadores americanos e europeus, que começaram a impregnar o arquipélago, a partir do século 19, pouco se lixavam pra algo tão profundamente importante pros nativos, os havaianos os batizaram de haoles. Ha é respirar e ole é não. Haole, aquele que não respira. Com o passar do tempo, no entanto, passou a ser haole todo aquele que não fosse havaiano. E como o surf e a sua cultura original emanam das ilhas havaianas, o universo do surf incorporou a palavra haole ao seu dicionário. Hoje em dia, haole tem uma conotação negativa, é aquele que não pertence ao pico, que não é local. Seja na Paraíba ou em Uluwatu.
Os anos 70 fizeram a fama do Arpoador. Como naquela época pouca gente morava pros lados da Barra e São Conrado, o fundo do Leblon era uma merda, o pier já tinha sido desmontado, e Copacabana só dava onda no posto 5, raramente, com ondulação de leste e vento sul, coube ao Arpex ser a grande arena da cidade. Palco de diversos campeonatos importantes, como os internacionais Waimea 5000, era colado naquelas pedras que os melhores surfistas do Rio se espremiam pra disputar a próxima série. Gente como Daniel Friedman, Cauli, Andre Pitzalis, Renan Pitanguy, Bocão, Paulo Proença, Otávio e Fábio pacheco, Petit, Jefferson, Rosaldo, Gironso, Fernando Bittencourt, Roberto Coelho, Ismael Miranda. Eu também era dessa turma, morava pertinho, caía no pico todo dia. Comecei de isopor até chegar na fibra. Comecei no inside, mais pro final da onda, perto da escadinha, que era pra onde os mais velhos nos mandavam, até lentamente conquistar a moral de disputar a onda no pico e dropar nas melhores.
Eu era de fato um local. Mas no íntimo sempre me senti meio haole. Isso porque não achava a menor graça em passar o dia de papo encostado na mureta vendo a vida passar. Se tivesse onda em outro pico eu dava um jeito de ir pra lá. Antes mesmo de eu entender alguma coisa sobre previsão das ondas, se o mar não estivesse legal no Arpoador, pegava minha mochila com toalha e short seco, minha prancha (sem capa, naquela época ninguém tinha capa) e ia pra praia de Ipanema esticar o dedo na esperança de arrumar uma carona. Rapidinho alguém parava e lá ia eu surfar ondas diferentes em São Conrado, no Quebra Mar, na Macumba, no Canto do Recreio. Pra não dar uma de folgado, agradecia, deixava minhas coisas num trailer e na volta pegava outra carona. Não foram poucas as vezes que voltei a pé, de noite, de São Conrado porque o último carro ia pra Barra e o meu destino era Ipanema. Chegava acabado em casa, mas cabeção das boas ondas, e, sadicamente, por saber que no Arpoador ninguém surfou.
De noite eu sonhava em botar o pé na estrada. Me via surfando na África, no Hawaii, no Peru, Califórnia, Marrocos. Não queria de forma alguma ficar preso num só lugar. Ser local de um pico único me parecia muito mais uma limitação do que uma vantagem. Viajando você cresce, aprende um monte de coisa, conhece um monte gente, fica mais interessante, surfa ondas diferentes, melhora sua performance.
Mesmo assim não existe pior xingamento pra um surfista do que haole, o que é uma estupidez. Anos de observação me levam a concluir que nada pode ser pior pra um pico de surf e pras pessoas que freqüentam a praia do que esse mesmo pico ter sido tomado pelos locais. Como esses locais costumam ser surfistas medíocres, instala-se no topo da pirâmide maus surfistas, o que faz com que o nível do pico despenque (vejam o que aconteceu com o Quebra Mar). Sem competição não tem evolução. E se haole é aquele cara que não se prende a uma única praia, que é curioso, que tá sempre viajando, que gosta de aprender, então esse sou eu. Eu sou haole. Sou o maior dos haoles. E se haole é o oposto desses idiotas que picham as pedras da praia, furam pneu e gostam de aparecer quando no meio da tribo, eu sou mais haole do que nunca. Por isso, pense bem antes de chamar alguém de haole. Você pode estar elogiando o cara sem saber.
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